domingo, 31 de agosto de 2008

O quintal

Quando aprendi a escrever costumava passar as madrugadas escrevendo, em cadernos ou papel de pão, isto foi lá pelos meados do século passado, escrevia sobre mim, minha familia meu cotidiano, e "FUNDO DE QUINTAL" foi meu primeiro trabalho editado, bem coisa de criança. que acredita em sua visão, que não questiona muito, que sabia aceitar a vida exatamente como ela é, simples, intensa e verdadeira.
Mas, cresci, e assim fui perdendo a magia da infância, o encanto pelas novas descobertas, deixei de sentir para raciocinar. Deixei a vida ficar muito sem graça,
sem brilho, até mesmo sem luz. Hoje mais que nunca entendo o que é crescer, fui aprendendo aos poucos, entre sofrimentos e alegrias que crescer doi, machuca e maltrata, e que se não se consegue preservar um pouco da magia da infância só vai nos restar a amargura, as duvidas e as angustias de sermos adultos. Bem. tive que passar dos 50 pra poder gritar: TO FORA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Quero ser criança, quero acreditar na vida e no ser humano, quero amar muito, mesmo que sinta que ninguem entende meu amor. Não é uma fuga das minhas responsabilidades
mas é um jeito alegre de ser responsável, um jeito doce de amar, um jeito suave de se fazer presente. Eu aprendi que não importa a distância, que não preciso ver todos os dias, e que simplesmente não preciso saber dos outros, pq me basta ama-los, como eu amo, intensamente, no aperto de um abraço, ou na saudade da distância...........

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